14 de mai. de 2014

Transposição do São Francisco

Desde as primeiras informações de que o Governo Federal de Lula ia colocar pra frente o projeto de transposição do Rio São Francisco, eu me coloquei contrário a ideia.

É obvio que existem o outros interesses acima dessa transposição, como as empreiteiras que se beneficiariam com dinheiro público, as ilhas que se formariam em propriedades de coronéis e políticos interior a dentro, e outras questões ambientais, como o uso excessivo de água em terrenos que, por sua formação, necessitam exatamente do contrário, etc.

Porém, entendendo que mais de 50 milhões de nordestino ainda não dispõem de água sequer pra beber, e sabendo que a indústria da seca, que alimenta cofres de municípios e contas bancárias de prefeitos e deputados nesse interiorzão nosso, e que a problemática da convivência com a seca é, também, causada pela cultura do uso da água e do solo, e que, essa cultura jamais será trabalhada, visto que depende de vontade política (não vou ser redundante...), seria um crime continuar me colocando contra este projeto. Continuo critico, mas não contra.

No mais, acredito na importância do geografo nesse momento. Tanto para estudar os impactos sócio-ambientais que isso pode causar, quanto com a realização de trabalhos e pesquisas que visem uma qualificação das pessoas que serão diretamente atendidas pelo transporte dessas águas, pra que tanto dinheiro público não se converta em benesses pra meia dúzia de fazendeiros do agronegócio.

Indico leitura do texto publicado no blog de Paulo Henrique Amorim, Conversaafiada, sobre a visita da presidenta Dilma às obras da transposição no sertão da Paraíba, Pernambuco e Ceará:

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