12 de out. de 2013

Praça da Paz: tão em paz que foi esquecida

Faz algum tempo, me chamaram a atenção para o descaso com a Praça da Paz, situada no bairro dos Bancários, Zona Sul de João Pessoa. Desde então tenho passado por lá e observado como esse descaso, cuja responsabilidade parte do governo municipal, pode estar incomodando os freqüentadores daquele local.

Inicialmente, a grama, que virou mato, em mais alguns meses e vai evoluir pra uma mata. Apesar de simpatizar com a idéia de termos mais espaços verdes na cidade, pelo menos ali acredito não ser um lugar ideal para isso.

Tento entender o motivo do descaso. Será que é porque aquela praça foi a “menina dos olhos” do ex-prefeito, atual ditador, digo, governador? Se for, é preciso que a atual gestão municipal entenda que a praça não é do tal fulano. Foi construída com dinheiro do povo e é um equipamento muito bem utilizado por este mesmo povo.

Hoje, dia das crianças, dia da padroeira do Brasil, sábado, foi um dia como outro qualquer... crianças brincando, famílias reunidas, jovens paquerando, alguns outros pegando uma vibe massa... e eu estava lá. Fui levar algumas crianças, juntamente com minha esposa, e estávamos no parquinho, que diga-se de passagem não tem quase nenhum atrativo pras crianças, a não ser um labirinto, algumas gangorras, um escorrego, três balaços e alguma outra coisa que não esteja lembrado. E foi ai que percebi que, além da falta de zelo causar mal-estar entre os freqüentadores, pode acarretar perigo às crianças.
 
Pra começar o espaço por si já é inadequado para crianças brincarem sozinhas. E o projeto eu credito aos dois governos anteriores.  Mas, não substituir os brinquedos e ainda por cima deixar que uma gangorra, de ferro, onde pessoas sentam para se brincar, se transforme em uma navalha, que pode cortar roupas e até perna ou bunda de quem o utiliza, ai já são outros quinhentos.

Depois, o labirinto virou uma espécie de banheiro público. Nem precisa andar muito dentro dele pra perceber outros "brinquedinhos" que deixaram lá, que permanece até hoje, e,  certamente, permanecerá até o tempo levá-lo. 




Fora isso, muito lixo e garrafas quebradas adicionam mais adrenalina nos corações de mães e de pais que, alheio ao espaço privado que se tornou aquele lugar, com a locação de brinquedos elétricos, têm que se conformar com que a praça oferece gratuitamente.


No mais, acredito que o atual governo, que inclusive eu ajudei a construir, possa rever sua política de praças e, assim, dar mais atenção a esta e a outras tantas praças abandonadas pela cidade.