2 de fev. de 2012

João Pessoa ainda tem jeito

Em meio a tantas notícias ruins, ingerências de toda sorte em todos os níveis dos serviços público e privado, caos no transito, violência e consumo de drogas, desrespeito, falta de ética, de profissionalismo, de amor ao próximo, ganância, arrogância..., enfim, pude presenciar algo que me fez respirar um ar de esperança.

Hoje, um motorista da linha 3510, Bancários/Pedro II, me cumprimentou ao subir no ônibus. Mais a frente, levemente pisou no freio e deixou que um motociclista, numa ultrapassagem indevida, passasse o seu veículo e retornasse à pista correta. Seguindo, parou em todos os pontos onde foi solicitado, aguardou que todos subissem, ou que todos descessem, antes de recolocar o carro em movimento, e logo após ter fechado as portas. Sorriu, falou sozinho, brincando com a atitude de um motorista que mudou de faixa sem sinalizar. Parou na faixa de pedestres para uma senhora atravessar a rua. Não queimou nenhuma outra parada destino adiante. Não freou bruscamente uma só vez. Cumprimentou todos os passageiros que desciam e os que subiam pela porta da frente. Não xingou a mulher que não sabia o que fazer quando o carro, na frente do ônibus, ‘morreu’. Não buzinou porque o carro da frente não saiu milésimos de segundos depois do sinal ficar verde.

Agora, entediado por este texto enorme (uma vez que você não está habituado a ler textos grandes nesse blog :D), você se pergunta: “mas o que isso tem de mais?”

A resposta é grosseira: Nada. Ele não fez nada demais. O motorista do ônibus da TransNacional de número 0749, da linha 3510-Bancários/Pedro II, que circulou nesse trecho entre 09h10 e 09h30 da manhã do dia 02 de fevereiro de 2012 – quinta-feira,  não fez nada além do que o seu ofício de condutor de veículo de passageiros lhe obriga. Mas ele fez diferente do que todos os outros motoristas dessa linha fazem.

Daí, já sabe, né? Desci do ônibus, peguei outro, um 104-Bairro das Indústrias, e tudo voltou ao seu aNormal.

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