30 de set. de 2010

Em FOLHA: Após ligação de Serra, Gilmar Mendes para sessão sobre documentos para votar

MOACYR LOPES JUNIOR
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.

Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo. A solicitação foi testemunhada pela Folha.

No fim da tarde, Mendes pediu vista, adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.


Serra fala ao celular com o ministro
Gilmar Mendes em auditório onde se
reuniu com entidades de servidores

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PS.: Está no FOLHA.COM de hoje (quinta, 30 de setembro). Se é pra divulgar, a gente divulga.
Leia na íntegra em FOLHA.COM

26 de set. de 2010

Câmara de Conciliação TJ/IESP

Sobre a Câmara de Conciliação.

Um Projeto surgido da parceria entre o Tribunal de Justiça e o IESP Faculdades para a solução de conflitos de forma amigável.

Matéria da TV TAMBAÚ baixada do Youtube.com

Vale a pena ver!

20 de set. de 2010

Novas Tecnologias: das actas diurnas aos blogs

Segue mais um texto da época da universidade


Os meios de comunicação têm, a partir das novas tecnologias, a função de tornar o ‘inexável’ em um só, diminuir distâncias, reduzir custos, facilitar vidas, difundir idéias e ideais, derrubar barreiras, agregar povos, desmistificar ou obscurecer determinados pontos de vista.


A comunicação ensaia uma remodelagem. Não há mais o papel do emissor, canal e receptor. O emissor se torna necessariamente um receptor, assim como o receptor, sem se dá conta, se coloca no papel de emissor.


Tudo interfere na comunicação e, da mesma forma, a comunicação passa, com o advento dos novos tipos de mídia, do avançado das tecnologias, a ter papel preponderante no meio de vida de todos e de tudo: passa desde o formar opinião até a mudar comportamentos.


Platão traz a tona em “O mito da caverna” o questionamento de que o vime vive alienado por não estar em contato com a realidade e, sim, com as projeções de suas sombras. Assim como o cinema e a televisão, o que vemos é uma realidade mascarada ou deturpada, que mostra apenas o que se quer mostrar. O mundo real passa a ser desconhecido ou até mesmo rejeitado por ser mais fácil enxergar apenas as suas “sombras” ou imagens capturadas, como é o nosso caso.


Entende-se isso como alienação por não mostrar a real verdade e também por exibir excesso de faltas e fantasiosas informações.


Júlio Cesar pode ser visto como um “comunicólogo revolucionário”. Faço esta afirmação tendo em vista a sua iniciativa de relatar suas vitorias de forma peculiar, diferente de tudo que era feito na época. Ele, fugindo às regras, escrevia sobre o presente, à medida que os fatos ocorriam. Seus relatos tinham um teor documental e estilo próprio. Júlio Cesar foi o precursor da primeira pessoa enfática, uso da primeira pessoal do plural, mesmo que essa esteja se referindo a apenas uma pessoa.


Outro fato de grande importância foi a introdução da acta diurna, documento onde eram registrados o teor de todos os debates ocorridos no Senado romano. Elas eram registradas em papiro e colocadas nos muros do Senado, tornando-se pública, um meio de comunicação entre o Senado e os cidadãos. Depois ela passou a ser copiada e redistribuída para todo o Império.


Podemos encarar as actas como uma ancestral da notícia jornalística, pois ela continha todas as características desta (relato de acontecimento, fidelidade ao fato, periodicidade).


Trazendo para um estilo ainda mais recente, podemos dizer que ela se assemelha aos blogs. É fácil perceber a relação entre esses dois tipos de comunicação, só precisamos nos ater às suas características.


Como as características das actas já foram citadas acima, agora iremos definir as dos blogs. Os blogs são sites pessoais, em grande parte usados como diários. Neles os autores relatam o seu cotidiano, havendo uma periodicidade. Por estar exposto na rede mundial de computadores (internet) ele fica a disposição do público, todos tem acesso, e ficam sabendo tudo o que acontece na vida do dono do blog, mesmo que não o conheça. É uma espécie de reality show concedido. Porém, alguns são usados como um meio orientador e formador de opinião, e é esse tipo de blog que vem tomando conta da internet, tornando-se cada vez mais comuns, inclusive com autores já conhecidos do público, que utilizam essa “mídia” como um meio mais direto de comunicação com seus leitores/fãs.


É importante ressaltar que assim como as actas de Júlio Cesar, esse tipo de informação fica restrita a uma dada camada da população, pois nem todos tem, ainda, acesso a internet, assim como nem todos sabiam ler na época das actas.


Depois de definidas as características de ambos, não fica difícil perceber a relação, ela é clara. Cruzando-as, temos: a periodicidade, a exposição pública, o registro do cotidiano (no caso da acta, está o registro do cotidiano do Senado, o que nele era discutido), o público “restrito”, podem ser formadoras de opinião e pontos de orientação, e por fim, a atualidade, pois tratam de fatos do presente.


Os enciclopedistas reuniram a partir de vários autores, todo o conhecimento da Europa (mundo) numa única obra, detenção do conhecimento para a sua difusão à posteriori.


O iluminismo ajuda de certa forma, na disseminação dos escritos a partir da concepção de que deveria-se haver investimento na educação, principalmente de crianças, pois pensava-se que o desenvolvimento só era possível a partir da educação, enquanto que o desenvolvimento das tecnologias (novas descobertas) reduz custos.


Com a facilidade no acesso por parte do público e o aumento deste, começa-se a surgir literaturas dirigidas a determinados grupos (público alvo).


As novas tecnologias partem do mesmo princípio. A facilidade ao acesso e o número crescente do público, facilita a disseminação dos meios de comunicação e do produto.


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10 de set. de 2010

A contradição imposta pelo corolenismo de um partido

O processo eleitoral continua caminhando. Sem muitos atrativos, mas continua. E, baixada a poeira da raiva e do “não-entendo!” pela coligação estúpida do PSB com o DEMO e os tucanos, agora os ricardistas e funcionários da prefeitura de João Pessoa começam a pedir voto para o ex-patrão.

A justificativa mais plausível que se ouviu até o momento talvez tenha sido a de que o “Mago” vai trabalhar pela Paraíba da mesma forma que trabalhou pela capital. Mas isso por sí só não abona a responsabilidade do ex-prefeito neste pleito. Vejamos:

Ninguém é menino o suficiente, tanto quanto RC acredita, para não saber que não se governa sozinho. As alianças no pré-eleição é que vão determinar os primeiros anos do mandato, muito embora no breve histórico do candidato laranja se veja apontações de malabarismo, encostando os aliados numa sala reservada à espera e trazendo para os cargos mais privilegiados os até então inimigos políticos.

Agora, onde está a contradição? Recentemente, a juventude do PSB, partido de Ricardo Coutinho, exorcisou os DEMOcratas do Diretório Central dos Estudantes da UFPB. Eles, e a composição da atual gestão, obviamente não formada apenas pela JSB (Juventude do PSB), denunciam desvio de verbas das carteiras de estudante, num montante que chegaria aos R$ 170 mil. Esses antigos gestores, que se autodefiniram como Democratas, hoje são aliados do presidente do PSB, candidato ao governo do Estado. Então, pensemos: numa possível eleição do PSB, o DEM, assim como o PSDB e os outros partidos aliados, irão pleitear cargos de secretaria no Governo Estadual (evidente). E imaginemos mais hipoteticamente que o ex-presidente do DCE cobre a Secretaria de Juventude! Contradição? Talvez! Mas, vamos mais longe. RC grita aos quatro cantos que seu governo estará sintonizado com o governo Dilma e com o presidente Lula. E todos sabemos o quanto o nome de Ricardo pesa para eleger os seus aliados do PSDB e do DEM na câmara dos deputados e, com menos peso, mas com o mesmo empenho, no senado. Não são estes os dois maiores entraves do governo Lula? Que aliado Dilma e Lula têm por estas bandas? Aliado da onça. Será?

O que foi imposto ao PSB da Paraíba, aos “militantes” do partido do principal personagem político da capital, e a uma massa de girassóis reluzentes que deram vida à gestão da estrela Ricardo não foi apenas a humilhação de ter que gritar nomes de adversários recentes, camuflados de aliados históricos, nos comícios, carreatas e ações de campanha. Foi a certeza de que nada mais será como antes. Nem a gestão, nem o carisma, nem a confiança.

Com colaboração de David Soares (blog Democratico e Popular)
Foto retirada do portal
Patos em Notícia

2 de set. de 2010

Miro: Barrar o golpismo de Serra e da mídia

Por Altamiro Borges
Retirado do Blog do Miro

Nesta quarta-feira, dia 1º, a coligação de José Serra (PSDB, DEM, PPS) ingressou com pedido de cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O motivo alegado é o da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao grão- tucano. Desesperado com a queda vertiginosa nas pesquisas, a direita quer implodir a eleição presidencial. Rechaçado pela sociedade, Serra tenta evitar sua derrota no tapetão, envolvendo o TSE numa trama golpista.

Nesta tramóia antidemocrática, o comando serrista conta com o respaldo da mídia tradicional. A ação encaminhada à Justiça está baseada nos factóides difundidos pela revista Veja e pelo jornal Folha de S.Paulo. Ela acusa a candidata pela “prática ilegal de quebra de sigilo fiscal” e “abuso de poder”, mas não apresenta qualquer prova concreta para sua acusação leviana. Mesmo assim, colunistas da mídia, como Merval Pereira, Carlos Nascimento e outros, amplificam as calúnias.

A quem interessa a quebra de sigilos?

A ação golpista já foi rechaçada, como veemência, por Dilma Rousseff. Ela garantiu que nem ela nem seu comando de campanha estão metidos na quebra de sigilos. Também solicitou apuração rigorosa do nebuloso episódio, com a punição dos culpados. Incisiva, Dilma condenou a postura irresponsável do comando serrista. Conforme argumentou, quem tem interesse em tumultuar a eleição, com quebra de sigilos e dossiês, é a oposição demotucana, que definha nas pesquisas.

Inúmeros fatos confirmam esta leitura. O sigilo da filha de José Serra, por exemplo, foi quebrado em setembro de 2009. A própria Receita Federal apurou o crime num inquérito administrativo, numa prova de total transparência. Os factóides da mídia agora têm, portanto, evidente interesse eleitoreiro. O deputado Brizola Neto chega a levantar a suspeita que essa operação criminosa é “armação” dos tucanos. “Sabemos que eles são capazes disso e, depois do que já vimos na campanha de Serra, não se pode ter dúvidas de que possam apelar para este tipo de ação”.

Os objetivos da nova conspiração

O golpismo da aliança Serra/Mídia tem, basicamente, dois objetivos. O primeiro é aterrorizar os eleitores, principalmente da classe média, empurrando a eleição para o segundo turno. Até agora, porém, a manobra não surtiu efeito. O tracking da IG-Band-Vox, que acompanha diariamente a reação dos eleitores aos chamados “fatos novos”, mostrou ontem que Dilma ampliou a vantagem (51% a 25%), sinalizando que o estardalhaço da mídia demotucana sobre a quebra do sigilo não pegou.

O segundo objetivo, tramado pelos setores mais fascistóides da coligação de Serra, é implodir a eleição. Já que não dá para ganhar nas urnas, tentam envolver o STF na trama golpista, cassando a candidatura de Dilma Rousseff. É improvável que o tribunal cometa esta loucura, que colocaria o país em polvorosa. Mesmo assim, é bom ficar em estado de alerta. Nada como uma intensa mobilização, nas ruas e na luta de idéias, para barrar qualquer maluquice golpista.

Ensinamentos do nefasto episódio

Para finalizar, vale refletir sobre os ensinamentos deste episódio. Em primeiro lugar, fica patente que a direita não suporta a democracia. Ela só serve quando é funcional para seus interesses – foi assim no golpe de 1964, é assim hoje. Nesse sentido, a tentativa de cassar a candidatura de Dilma Rousseff desmascara os tucanos, que ainda enganam muita gente com a sua falsa retórica sobre a democracia. Os tucanos representam a nova direita brasileira; são os neo-udenistas.

Além disso, o caso escancara o verdadeiro papel da mídia hegemônica. Ela sempre foi golpista e sempre será. No caso das emissoras de TV e rádio, elas usam um bem público, uma concessão, para atentar abertamente contra a democracia. Seus colunistas abusam da propriedade cruzada, destilando veneno em programas de rádio, televisão, em jornais, revistas e internet. Seria muito útil que a eleição de 2010 servisse para mostrar a urgência do novo marco regulatório no setor, que enfrente a concentração e estimule a diversidade e a pluralidade informativas.