26 de nov. de 2010

Reprodução de matéria do Observatório da Imprensa sobre a midiatização da violência (no RJ)

Como muitos sabem, sou radialista, formado pela UFPB, soldado do Corpo de Bombeiros, portanto, membro do corpo da Segurança Pública do Estado, e muito preocupado com o tipo de jornalismo banditista que se faz chegar, sobretudo em horário de almoço, nos lares pelos Estados. Não só por aqui, visto que o jornalismo policial segue um modelo único, seja em qualquer canal de TV, seja em qualquer unidade da Federação. O foco. A violência? Não! A forma de tratar a violência urbana em troca de alguns quinhões em minutos cada vez mais valiosos pagos com dor e sangue de quem empresta sua imagem aos leões famintos por mais e mais situações de desumanidade e falta de dignidade.

Agora, indico um texto muito bom, que fala sobre o tratamento dado à violência no Rio de Janeiro pelos jornais em geral. Esse texto foi retirado do Portal Observatório da Imprensa, artigo do jornalista Rafael Casé publicado ontem, 25 de novembro de 2010. Segue:

VIOLÊNCIA NO RIO
Cadê o meu capacete?
Por Rafael Casé em 25/11/2010

Este artigo começa diferente, com uma nota do autor. Na verdade, trata-se de uma pensata sobre a cobertura da mídia carioca quando o assunto é violência urbana. Nele estarão questionamentos e convicções próprias de um jornalista que, durante 20 anos, trabalhou com este tipo de noticiário em telejornais diários. Ao leitor, peço que reflita e que debata também. Afinal, se estamos longe de uma solução para o tema, com certeza ela passa por um sério debate.

Nos jornais, na internet, nas rádios e nos noticiários de TV, a nova onda de violência no Rio de Janeiro está nas manchetes. Não se trata de uma novidade, porém, já que a cidade sofre constantemente com ações do tráfico de drogas e a mídia brasileira está sempre pronta a noticiar os fatos.

Isso é um problema? Claro que não, afinal a imprensa deve noticiar fatos. Mas o que me pergunto é: isso está sendo feito da maneira correta ou, muitas vezes, a nossa mídia carrega nas tintas?

Essa mais recente ofensiva dos bandidos cariocas foi classificada, em alguns meios de comunicação, como "a guerra do Rio". Isso é jornalismo ou tal bordão não passa de um artifício jornalístico para valorizar uma manchete? A fronteira, temos que admitir, é uma linha tênue. Mas, se aceitarmos que se trata realmente de uma guerra, não caberia à imprensa se comportar de forma mais cuidadosa, preocupando-se mais com o lado dos "mocinhos" ao invés de supervalorizar as ações dos bandidos? Ou a notícia deve ser dada, doa a quem doer?

Comentários irresponsáveis

Um noticiário além da medida não gera uma sensação de pânico na população? E isso não acaba sendo favorável aos bandidos? Só na quarta-feira (24/11), ouvi falar sobre um caminhão-bomba na ponte Rio-Niterói (falso), cenas de guerrilha com tiroteio dentro do túnel Rebouças (falso também) e de uma ameça de bomba em Ipanema (era uma caixa de madeira vazia que seria utilizada em uma ação promocional). Boatos que vão se multiplicando, impulsionados pelo medo.

Não quero minimizar a situação, mas também acho que é importante refletir sobre ela. Era inevitável que em algum momento houvesse reação contra a implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Não se coloca um elefante dentro de uma loja de cristais sem que alguns copos sejam quebrados. Só que em vez desse tipo de interpretação ser feito por nossa mídia, opta-se por manchetes espalhafatosas que só engrandecem os atos criminosos. Na semana passada começaram a juntar esses casos e logo se proclamava que havia uma nova modalidade de crime no Rio. Agora, pensem comigo: esse tipo de abordagem não acaba oficializando ações que poderiam até ser isoladas e dando, como dizem por aí, "ideia para maluco"?

E o pior é ouvir no rádio que a culpa é do governo, que decidiu mexer numa situação que estava sob controle (?). O comunicador (?), que nem merece ser citado, dizia aos brados que se tinham mexido com o vespeiro, agora deviam aguentar as ferroadas. Uma irresponsabilidade total.

Nossa imprensa dá mais importância para os bandidos do que eles próprios se dão. E quando eles veem que alguma ação apavora as pessoas, passam a intensificá-la, realimentando o círculo vicioso.

Ética inversa

Este tipo de ação assusta? Claro que sim, mas raciocinemos: qualquer moleque, a mando do tráfico, pode jogar uma garrafa de gasolina sob um carro ou um ônibus e tocar fogo nele. É pouco? Não. Mas, infelizmente, também já vivemos situações bem mais graves no Rio de Janeiro. Só que a cada nova ofensiva, uma luz de alerta se acende dentro de cada carioca e de nossa imprensa. Uma reação analisada pelo sociólogo Ignácio Cano em recente entrevista para a BBC Brasil:

"As pessoas lidam com insegurança no Rio de forma cíclica e dramática. Para conviver com o alto nível de violência na cidade, as pessoas tratam como se ela não existisse. Mas, então, surge um evento de grande repercussão e vira uma pauta central na cidade, todos discutem, é uma grande catarse."

O que fazer? Não noticiar?

Não. Acho que essa não é a solução, nem o papel do jornalismo. Mas creio que numa situação de "guerra" – que existe, segundo os próprios meios de comunicação – a imprensa deveria tomar alguns cuidados. Alguns erros são crassos. Da mesma forma como existe um acordo informal para não noticiar suicídios, para não divulgar valor de resgates de sequestros ou de venda de substâncias ilícitas, também deveria haver um bloqueio a certas informações ligadas ao tráfico de drogas. Por exemplo: traficante e bandido não têm nome, nem tampouco cargo ou posto. Bandido é bandido, traficante é traficante.

A ética entre esses marginais é inversa. Bandido que tem nome no jornal é o "bicho", é o cara que está barbarizando e por isso mesmo passa a ser mais respeitado e a ter mais poder. Se o Fernandinho Beira-Mar está preso, esqueçamos que ele existe, a não ser que alguma notícia sobre ele seja realmente necessária. Não dá é para ficar falando dele cada vez que vier prestar depoimento no Rio. Rei morto, rei posto.

Não podemos ficar servindo de diário oficial da bandidagem, mas o problema é que isso dá ibope e não faltam programas jornalísticos (porque telejornais não são), ou programas de rádio, ou jornais populares, quase totalmente voltados para esta questão da violência na cidade.

Cito a manchete da primeira página do jornal Extra de quarta-feira (24/11). "UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) X UPP (Unidos pelo pó)". Fico pensando no que se passava na cabeça de quem bolou tal manchete. E só me vem uma resposta: cifras (de tiragem e de faturamento).

Será que é assim que tem que ser?

19 de nov. de 2010

TV Record repercute o ódio aos pobres na Globo

Repasso vídeos postados por Sergio Vilares, no youtube

O episódio? Comentarista da RBS TV, afiliada da Rede Globo em Santa Catarina, fala, com as pupilas ardendo de ódio, que agora todo miserável tem carro. Um comentário altamente preconceituoso e que só demonstra que a ExLITE brasileira está transtornada com os avanços na economia, que vai levando à reboque, os miseráveis à uma situação de conforto social jamais pensada por eles.

Os vídeos podem ser vistos em:

Luiz Carlos Prates: qualquer miserável agora tem carro

Luiz Carlos Prates: TV Record repercute o ódio aos pobres na Globo

15 de nov. de 2010

Comandante do Corpo de Bombeiros repudia Jornalista Luis Torres

O jornalista Luis Torres, blogueiro do Portal Paraíba1, levado pelo ímpeto da parcialidade que toma conta da blogosfera, e não falo apenas dele, observem meus post também, amargou receber dezenas de comentários, grande parte de militares inconformados com suas palavras, acerca de um abaixo-assinado que circula nos quarteis de bombeiros do Estado pedindo a manutenção do comando-geral nas mãos do Coronel Ricardo Rodrigues.

Para o jornalista, que relatou sem conhecimento de causa, a iniciativa teria partido do próprio Coronél Rodrigues, quando na verdade, se tivesse averiguado com apenas dois telefonemas, teria publicado que o abaixo-assinado vem sendo realizado, sem interferências, pelos milhares de militares que viram na pessoa do senhor Ricardo Rodrigues, um exemplo de administração voltado para a humanização da corporação e, sobretudo, voltado para eficiência e diminuição dos gastos públicos que, no final, se reflete em melhoria em todos os sentidos, na prestação de serviço para a sociedade, civil ou militar.

Repasso os textos originais, o inicial, de Luís Torres, e a resposta do Coronél Rodrigues, que o jornalista foi obrigado a publicar:

Comandante do Corpo de Bombeiros legisla em causa própria e inicia abaixo-assinado para continuar no cargo após posse de Ricardo Coutinho

Essa vem de dentro dos quartéis. O Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, coronel Rodrigues, que é irmão de um dos oficiais ajudante de ordens do governador José Maranhão (PMDB), tem feito reuniões regulares com oficiais e praças da corporação e, ao final, passa um abaixo-assinado a ser entregue ao novo governador Ricardo Coutinho indicando sua permanência no cargo.

Não é isso exatamente, mas é, segundo minha imaginação, algo como “Coronel Rodrigues é o melhor para os Bombeiros”. Um exercício de auto sobrevivência digno de quem não entendeu que o governo é outro a partir do dia 1º de janeiro.

Até porque se a corporação realmente quisesse lutar pela manutenção de Coronel Rodrigues no cargo, faria abaixo-assinado espontaneamente. Sem precisar de pedido.

Luís Tôrres

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Comandante Geral do Corpo de Bombeiros confirma existência de abaixo-assinado pedindo sua permanência, mas afirma que documento é ato espontâneo da corporação


O Comandante Geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Rodrigues, enviou ao blog nota como Direito de Resposta à post veiculado neste espaço dando conta da existência de um abaixo-assinado para mantê-lo no cargo mesmo após a posse do governador eleito Ricardo Coutinho (PSB).

Na nota, o coronel Rodrigues, que recebeu solidariedade de boa parte dos leitores do blog, confirma a existência do abaixo-assinado, mas nega que tenha qualquer interferência sobre o documento.

Ao registrar que o abaixo-assinado é um ato espontêneo da tropa, Coronel Rodrigues afirma que desenvolveu trabalho moralizador na corporação.

Em nome do bom jornalismo, leiam na íntegra Direito de Resposta do Coronel Rodrigues. Reafirmos o que dissemos desde o começo: competência não se questiona. Mas se renova.

DIREITO DE RESPOSTA

Caro leitores

Me dirijo a todos com o coração contrito e um fardo imensurável de dor e constrangimento, diante das infâmias caluniosas e difamadoras contra mim perpetradas, divulgadas neste blog do LUIS TÔRRES, datado de 13 de novembro de 2010. Acredito que o nobre jornalista foi induzido por fonte não fidedigna na construção e difusão dessa noticia estapafúrdia e mentirosa e diante disso me vejo na obrigação de esclarecer os fatos e restaurar a verdade não apenas por mim, mas principalmente pela minha família, os cerca de 1200 bombeiros que represento e toda a sociedade. A matéria com tema e imagem pejorativos e 03 (três) parágrafos é um sofisma, sendo a única verdade no conteúdo o meu nome e existência de um abaixo assinado.

Tenho uma história de 44 anos vida e 25 anos de Bombeiros Militar pautados na cidadania e busca incansável e incessante da ética, respeito, legalidade, probidade, fraternidade e amor.

A fonte que alimentou o jornalista Luis Torres na elaboração desta matéria deve ser algum dos militares do Corpo de Bombeiros, insatisfeito com as medidas de moralidade, economicidade e eficiência adotados ao longo dos oito meses em que estamos a frente da Corporação. As quais resultaram no bem estar da maioria dos que fazem a nossa Corporação e em conseqüência na melhoria da qualidade dos serviços prestados a sociedade paraibana.

Não fiz formatura em nenhum quartel após as eleições e fiz sim uma reunião com os comandantes de batalhões e Cias pedindo a eles que se preparassem administrativamente para as mudanças que ocorrerão em janeiro e estabeleci um calendário de visitas a todos as unidades que ocorrerá na últimas semanas de novembro e primeira de dezembro, a fim de prestar contas das atividades desenvolvidas ao longo de meu período a frente do Corpo de Bombeiros Militar, fundamentado no principio da publicidade, transparência e legalidade.

Um dos sentimentos mais nobres do ser humano è a gratidão e de forma inédito e voluntária fui surpreendido com um abaixo assinado que circula nos quartéis de todo o Estado pedindo a minha permanência no Comando da corporação. Estou regozijado e emocionado com o ato praticado. O Comando de uma Corporação Militar que contraria interesses em muitas ocasiões se ver reconhecido e mais do que isso, os militares saem da passividade e se tornam ativos na expressão dos seus sentimentos. Não estou com intenções pessoais de me manter no Poder e sequer conheço pessoalmente o futuro Governador Ricardo Coutinho, visto que meu maior compromisso é com Deus, minha família, meus comandados, amigos e sociedade e com esses me sinto reconfortado do dever cumprido.

O que se vê hoje é um clima de fraternidade, tratamento isonômico e respeito com todos os que fazem a Corporação, fruto da humanização estabelecido pelo nosso Comando, não apenas como retórica, mas também como uma prática cotidiano no bom trato e na elevação da dignidade da pessoa humana. Quebra de um paradigma e priorização dos valores fundamentais na relação humana e profissional entre as pessoas. O poder utilizado para servir e não para ser servido!

Nobre Jornalista Luiz Torres espero ter esclarecido os fatos com a cristalinidade necessária. Vá pessoalmente aos quartéis do Corpo de bombeiros e pergunte de forma aleatória ao militar que encontrar lá ou na rua se em algum momento fui desonroso, mentiroso, desumano, injusto, preguiçoso ou pedi para assinarem um abaixo assinado para minha permanência no Comando Geral do Corpo de Bombeiros, muito menos realizei reunião para tal fim. O principio constitucional da ampla defesa é mister na construção de um juízo de valor que se possa recomendar a leitura de algum tema.

Ricardo Rodrigues da Costa- Cel QOBM
Comandante Geral do CBMPB

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Blog do Luís Torres:
http://www.paraiba1.com.br/luistorres/

2 de nov. de 2010

E agora, José?

Ricardo foi eleito governador. Como ele mesmo insistiu em dizer, "ganhou". Para ele, primeiro era preciso ganhar e, depois quem sabe, contabilizar o tamanho, ou não, da vitória.

Com a vitória de Ricardo Coutinho veio a derrota primeiro, de José Maranhão, segundo, dos próprios ricardistas, que depois de passada a sensação gostosa de uma ejaculação precoce, amargarão o sabor tenebroso do deixar-se de lado.

Com a vitoria de Ricardo Coutinho veio a derrota dos movimentos sociais que estão, agora, no mesmo balaio em que se encontram Cássio Cunha Lima e Efraim Morais, PSDB e DEMOCRATAS. A derrota é grande. São esses dois partidos que farão frente ao governo da eleita presidente Dilma Rousseff, do PT. A derrota é maior ainda porque o governador eleito se elegeu as custas dos quase 40% de reprovação à Dilma, que teve, no Estado vizinho de Pernambuco, 75% de aprovação. E agora José?

No histórico de Ricardo consta atropelar companheiros, tratorar aliados, ceder a empresários, política do pão-e-circo, canteiro de obras (muito questionado no adversário, inclusive), venda de cargos de secretariado para obter maioria no legislativo, arrogância, incompreensão, antipatia, ufa! Ele ainda é a esperança? Mas, e agora José?

Ricardo foi para o segundo turno, obteve 150 mil votos de diferença e não foi graças a ele, o senhor Deus da capital. Inclusive, na capital, onde é tido como liderança, obteve cerca de 20% a menos de votos do que quando disputou a prefeitura. Ricardo deve seu desempenho ao governador-cassado-senador-cassado Cássio Rodrigues da Cunha Lima, seu fiel ex-rival articulador nos grotões da Paraíba.

Ricardo obteve expressiva votação mas não obtém maioria na Assembléia Legislativa. Não enviou UM, APENAS UM que fosse, deputado federal da sua legenda para Brasília e ainda vai ter que amargar a esperança de ver o STF decidir se autoriza ou não o registro de candidatura do seu coordenador de campanha para, assim, ter em quem se segurar nos próximos 4 anos e, ai (o perigo novamente), ficar dependente de Cássio, mais uma vez.

Se engana quem acredita friamente que a vitória de Ricardo Coutinho representa a vitória da Paraíba. Se enganou também quem acreditou que o Deputado Estadual, que criou leis contra empresários de transporte inter-municipal em favor de estudantes, que patrocinou, mesmo que com uma nota de R$ 20,00, as manifestações contra os deliberados aumentos de passagens na capital, quando eleito, seria uma força contra essa máfia que, com o aval do executivo municipal (agora estadual), só vem crescendo a passos largos, com concessões gratuítas de 20 anos e aumentos consecutivos.

Se enganou, profundamente, quem acreditou que o novo enterraria Maranhão e os Cunha Lima, para dar vez às vozes caladas da sociedade civil desorganizada.

Se enganou quem acreditou que “primeiro é preciso ganhar!”

Que Deus abençoe o nosso Estado daqui pra frente!

29 de out. de 2010

Ah! As eleições!

Eleições chegando. Ânimos se acirrando. Campanha acabando. Baixaria aumentando. Em vias gerais, pode-se dizer que esta é uma radiografia (mal-feita) do cenário eleitoral para o 2º turno. E, constatem: tanto em nível nacional como em local.

De um lado usam os (pré)conceitos religiosos para tirar da candidata do PT o foco no debate das idéias, da ideologia e do programa de governo, forçando-a a entrar no mesmo jogo sujo do qual a direitosa-extremista antiaborto e abortiva é craque. Do outro, aqui, no Estado, além de temas religiosos e preconceituosos usados de um lado, igualmente preconceituosa é a forma abordada por adeptos do maior time de futebol da Paraíba, RCFC, ao tratar do candidato a reeleição.

Regionalizando a discussão, podemos concluir que de ambos os lados a Paraíba terá de apelar muito para a sorte no futuro, quando se analisa unicamente O CANDIDATO. Contudo, antes de votar, sejamos coerentes em analisar o que está por trás deste e daquele candidato e, sobretudo, o que as alianças firmadas ainda para o 1º turno vai trazer para o governo para o qual confiaremos nosso voto.

Como já deu pra perceber que estou sendo tendencioso, sugiro que leiam o artigo publicado no dia 23 de outubro no Blog Democrático & Popular, intitulado “Quando a parte quer ser maior que o todo: eleições 2010 na Paraíba”, do cientista social David Soares, sobre o que representa uma aliança de um partido tido de esquerda (socialista) com outros dois tidos como de direita (social democrata), apesar do nome, e de extrema direita (democratas, only).

Quando se deixa a emoção de lado para dar vez ao pensamento reflexivo, as mentes se abrem!

Link para leitura: Quando a parte quer ser maior que o todo: eleições 2010 na Paraíba
Texto de David Soares: cientista social, realiza mestrado em Ciências Sociais na UFRN

23 de out. de 2010

O tiro e a culatra

Desde que se iniciou a campanha no 2º turno para governador aqui, pela Paraíba, a iniciativa tomada pela campanha de José Serra para macular a imagem de Dilma Rousseff, ainda no 1º, o uso de mensagens via correio-eletrônico, vem sendo copiada tanto por “ricardistas” quanto por “maranhistas”. E eu me enquadro nisso.

De todos, do lado azul-laranja, percebe-se muito mais um misto de fé e amor, que até mesmo alguns cristãos mais fervorosos sentiriam inveja (se isso não fosse pecado, claro) do que razão.

E, no meio dessa fé irrefutável , que se funde à um “q” de arrogância, ironia e preconceito contra todos aqueles que não declaram voto à Ricardo, percebi algo curioso. Já é do conhecimento de todos que a baixaria também tomou conta das caixas de e-mails de muita gente. São textos que perpassam por menosprezar um candidato que não tem o dom da oratória à uma suposta ligação do outro com forças ocultas para chegar aonde deseja. É óbvio que apesar de não acreditar em forças ocultas, não é difícil digerir que realmente este segundo candidato seja capaz de qualquer coisa para chegar onde quer chegar. Basta ver as suas alianças em 2004, com o PMDB, partido contra o qual sempre se indispôs, e agora, em 2010, com o PSDB/DEM, lengendas que fazem frente ao grupo que ele mesmo criou e manteve até o inicio deste ano e ao Projeto de Governo em nível nacional começado por Lula. Mas, retornemos aos textos dos e-mails.

Uma coisa me deixa sempre com a pulga atrás da orelha, e, lógico, alguém vai me questionar. Mas, desde já, quero deixar claro que isso que vou escrever mais adiante trata-se apenas de uma ligeira impressão que tive. Não necessariamente é a verdade absoluta. Pois bem , desses textos que falam sobre Ricardo e o satanismo. Percebam: das mais de 50 (cinqüenta) mensagens que recebi falando sobre isso, pelo menos 48 (quarenta e oito) eram de pessoas ligadas a Ricardo. Ou seja, eles deram muito mais atenção a essa estória do que a própria sociedade paraibana. Aliás, chegou primeiro para mim enviado por um amigo ricardista ao extremo. Então, faço o seguinte questionamento: Não teria sido um girassol que iniciara essas coisas com o intuito de fazer o Mago se passar por vítima novamente? Na dúvida, mando-lhes um recado: cuidado para o tiro não sair pela culatra.

17 de out. de 2010

Drogas

O fato de não se saber se uma pessoa que usou uma substância psicoativa uma vez por curiosidade será um dependente desta substancia no futuro é de veras preocupante.

Por curiosidade, na empolgação da balada, no pedido de amigos, geralmente não nos damos conta do perigo que corremos. Não que um usuário seja uma pessoa que mereça todo despreso, até por que, como foi dito no
texto de Liliane Castelões, a dependência química é doença, mas vamos ao fato, para explicar o que está por trás das drogas:

Além do fato de um usuário estar bancando o tráfico, as disputas por espaços e pontos de venda que levam a morte (uma verdadeira guerra), o dependente químico também está sujeito a entrar no confronto.

Primeiro vem a experimentação. "Nossa, se liga aê mano, vou impressionar aquela mina...", algumas drogas podem levar a dependência já no primeiro uso (é o caso do crack - droga derivada da cocaína que surgiu de uma jogada de marketing para se reaproveitar os 'restos' desta droga, pasta não refinada, adicionando-se bicarbonato de sódio e água, barateando sua produção e assim sendo de fácil comercialização, sobretudo nas comunidades e bairros pobres). Uma vez verificando a necessidade do uso frequente, o agora drogado tende a disponibilizar de todos os seus recursos para a compra do produto.

Daí vale empenhar todo o salário, na falta dele, bens duráveis e não-duráveis da família são roubados. Começam os conflitos com a família. Uma verdadeira bola de neve, por que, pra escapar das brigas em casa, o dependente tende a passar mais tempo fora dela e por sua vez, consumir mais drogas.

De repente, os familiares descobrem o "maconheiro" que têm em casa. Para uns, é o fim, para outros, quando há alguém com uma certa informação sobre o caso, vem o aconselhamento. Mas, a vontade de consumir é cada vez mais irresistível.

Quando não há mais o que levar da própria casa, o emprego também já se foi, nas mãos dos traficantes, o dependente é obrigado a roubar para manter-se vivo. Afinal, quem é que gosta de vender e não receber? E ai? Qual a saída? Ah, os amigos. Os atuais não, os de antigamente, aqueles que você deixou de falar por causa das drogas. Empréstimos para visitar tias doentes no interior, para pagar a conta de água que está atrasada, entre outras mentiras.

"Ufa! dessa passei!". Opa, será? Lá vem mais consumo e mais dívida. A alternativa agora é partir pro assalto. - Não que eu queira te matar, mas eu preciso do teu dinheiro, vai passa. O que? Não tem dinheiro? Passa o tênis, vai. O relógio, o celular. Passa, passa tudo, anda. - Quando dá sorte, tudo vai bem, o assaltado está aterrorizado, aos prantos, se sentindo humilhado. Coitado, trabalhou tanto pra ter aquele aparelho de celular e agora não o tem mais. Mais pra você foi uma conquista e tanto, vai trocá-lo por duas pedras ou por 10 bagulhos. Pelo menos o cara tá vivo, né? Ele teve sorte!

Quem não terá sorte por tanto tempo é você. De repente a polícia te prende. E a família? Desespero. Que mãe sonha um futuro desses pra um filho? E pra ela? Ter que passar por revistas nos dias de visita. "Abre as pernas, anda. Aqui mãe de bandido num tem vez não, vai". Mais você ainda deixou dívidas. Agora, o alvo é a sua família. Seus irmãos não dormem mais a noite com medo da casa ser invadida. Dentro do ônibus? Nossa, que tormento. Qualquer um pode ser o cara que quer acertar contas.

Tudo bem, vou parar por aqui. Até eu já estou ficando agoniado com tanta situação incomoda. Mais isto é a realidade. Sem contar com o que você já deve ter passado. Ver um dentento é uma coisa. Saber o que se passa nos presídios superlotados não é a mesma coisa de viver em um, de ser um detento. A vida que já não tinha mais sentido, agora então...

Para aqueles que ainda não foram tirar a dúvida de que vai ser ou não dependente fica apenas o apelo (já que conselho não se ouve): Caia fora! Seja qual for a situação. Caia fora.

Para os que descobriram, infelizmente, que são dependentes e hoje são usuários compulsivos: Procure um centro de tratamento ou de recuperação de dependentes químicos.

Na Paraíba são vários, pelo menos três são bastante conhecidos: Fazenda do Sol (ver matéria) e Fazenda Esperança, mantidos pela Igreja Católica e Centro de Recuperação Homens com Cristo, de um grupo evangélico. Procure ajuda de pastores e padres nas igrejas, eles saberão para onde te encaminhar.

Geralmente o tratamento é longo e caro, mas há sempre alternativas. Nunca desista. O Governo do Estado, através do CAPS-AD (Centro de atenção psicossocial - álcool e drogas), mantém um programa de tratamento e, se necessário, internamento num espaço criado dentro do Hospital Juliano Moreira. A prefeitura de João Pessoa também encaminha para tratamento na Fundação Cidade Viva. Em resumo, pode-se dizer que são disponibilizadas 20 vagas para internamento nesses dois ambientes, contudo, o acompanhamento médico pode ser feito nos CAPS indepentemente de o usuário estar internado ou não. Veja os links abaixo e saiba como utilizar os serviços.

O que está em jogo é muito mais do que apenas a sua necessidade de usar drogas. É a vida de seus familiares, de dezenas de pessoas que não têm nada a ver com a sua vida particular. Pense nisso e seja feliz!

Da Secretaria de Saúde doEstado:
http://www.wscom.com.br/noticia/paraiba/SES+INAUGURA+SERVICO+PARA+DEPENDENTES-91115

Da Secretaria de Saúde de João Pessoa:
http://www.onorte.com.br/noticia/128928.html

13 de out. de 2010

CIRCULAR 1500 e as eleições na Paraíba

Essa semana fui até um shopping de Manaíra (como se ninguém soubesse de qual shopping estou falando – mas a imprensa se utiliza desse artifício, também o farei) e, ainda na parada de ônibus, um pouco “estressado”, comecei minha viagem. Não a viagem até o dito shopping. Minha viagem sobre as eleições. E fiz comparações:

O motorista do ônibus, já um senhor, não sei, por volta dos 45, talvez, parou um pouco distante da parada. Parou distante e depois ultrapassou outros três ônibus que estavam na sua frente e, por pouco, não queimou a parada. Diminuiu a velocidade ao perceber que várias pessoas, inclusive eu, gritavam desesperados na eminência de perdê-lo, depois de esperar “séculos”.

Subi, irritado, e falei em alto volume, na direção do motorista, alertando-o (obviamente devo ter sido grosseiro com ele) para tomar cuidado em não queimar paradas, principalmente naquele horário, quando as pessoas estão saindo do trabalho, famintos, cansados e loucos para chegar no seu destino final. Ele retrucou, me chamou de “alma-sebosa”, no que lhe respondi que também haviam “almas-sebosas” na condução de veículos de transporte público.

Mas, o que tem isso a ver com eleições? O fato é que o senhor condutor certamente tinha uma meta a cumprir. Precisava chegar logo, em tempo pré-determinado, ao ponto-final, para concluir mais uma corrida. Para chegar ao fim, ele se utilizou da pressa, do artifício de parar fora da parada dos ônibus e, em alguns momentos, queimar paradas, e assim ir ganhando tempo. Ele não estava correto, se levarmos em consideração que a finalidade do transporte público é transportar pessoas, não importando o tempo que isso leve, e se utilizando das faixas à estes veículos destinadas, além de atender prontamente a todos que dele necessitem.

Nessa eleição nos deparamos com uma situação parecida. Parecida no sentido de que, para chegar a um fim, os meios foram atropelados. Não importa o que se faz, a partir de agora, para se ganhar uma eleição. Primeiro, é preciso ganhar! Essa frase pode ser vista e ouvida no youtube.

Se o condutor atrapalhou o transito, deixou algum passageiro para trás ou deu as famosas arrancadas bruscas que podem ter contribuído com o aumento de dores musculares de algum cidadão que por ventura estive, por exemplo, neste ônibus, notadamente ele trabalhou no sentido de causar mal-estar a alguém. Nessas eleições, o que se fez também causou um mal-estar a dezenas de milhares de pessoas.

Como no ônibus, chegar mais rápido ao ponto final, ilusoriamente, fez bem a quem já estava dentro dele, nessa eleição, também, ilusoriamente, ganhar vai fazer bem a quem está do lado de quem desviou os caminhos para ser eleito.

11 de out. de 2010

Igreja Católica prega o Golpe na Paraíba

Por Paulo Henrique Amorim
Conversa Afiada

Quer dizer, então, que a Igreja Católica brasileira voltou a 1964 e prega o Golpe do púlpito ?

Que Igreja é essa ?

É a do D Jaime de Barros Câmara, que subia no palanque do Lacerda para derrubar o Jango ?

A Igreja argentina, que benzia os torturadores nas masmorras ?

D. Aldo é um Pio XII ?

A CNBB não diz nada ?

O Núncio vai ficar calado ?

O Papa Bento XVI concorda ?

O Serra vai chamar D Aldo para rezar uma missa na Se, em defesa dos Valores e da Moralidade ?

O Paulo Preto vai se comungar ?

O Amigo navegante deveria ter uma idéia de como a Igreja Católica brasileira alistou-se na Guerra Santa para destruir a Dilma e eleger o santarrão do Serra.

Reproduzo e-mail do amigo navegante Mauricio:


Encontrei esta declaração extraordinária de Dom Aldo Pagotto no “youtube”!


Vejam o vídeo (não é vírus):

http://www.youtube.com/watch?v=j2q2DI9RsUo


Depois do vídeo, vejam o que os CATÓLICOS da diocese dele pensam sobre o próprio bispo:

Cristãos da Paraíba pedem afastamento de bispo por preconceito contra os pobres
Terça-feira, 5 de outubro de 2010 – 10h17min
Em nota pública, dirigida ao Vaticano e à CNBB, um grupo de lideranças da Igreja Católica da Paraíba e de outros movimentos sociais pediu a substituição do bispo católico de João Pessoa, Dom Aldo Pagotto. O bispo é acusado de preconceito contra os pobres e de desrespeito para com lideranças comprometidas com a causa popular. Sentindo-se “agredidos por suas palavras e atos”, as lideranças afirmam que o bispo trata “os pobres com arrogância e desprezo, enquanto trata com privilégio os ricos e poderosos e seus respectivos interesses”. Veja a íntegra da denúncia:

João Pessoa, 09 de setembro de 2010

Ao Sr. Núncio Apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri
Ao Sr. Presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha
Ao Sr. Presidente do Regional Nordeste II da CNBB, Dom Antônio Muniz Fernandes
Aos membros das instâncias colegiadas da Arquidiocese da Paraíba
Srs. Bispos, nossos Irmãos,

Em carta aberta, nós, Leigos, Leigas, Religiosas, Religiosos, Diáconos e Presbíteros da Arquidiocese da Paraíba, abaixo-assinados, dirigimo-nos respeitosamente aos Srs. Responsáveis pelas diferentes instâncias eclesiais, inclusive as instâncias colegiadas da CNBB, da CNBB Nordeste II e da Arquidiocese da Paraíba, para externar-lhes nossas profundas inquietações em relação à situação comprometedora de nossa Arquidiocese, tendo em vista a já longa sequência de atos deploráveis REITERADAMENTE cometidos pelo Sr. Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, desde o primeiro ano de sua chegada a essa Arquidiocese (cf. documentos anexos), principalmente no tocante ao seu relacionamento sistematicamente desrespeitoso e preconceituoso em relação aos pobres, à maioria das pastorais sociais (que não apenas não têm contado com seu apoio, antes têm sido por ele hostilizadas). Atos dessa natureza se sucedem, sem qualquer sinal de mudança de atitude por parte de Dom Aldo. Entendemos chegada a hora de apelarmos a quem tem o dever de se posicionar claramente sobre tal situação, que só tende a agravar-se, caso continue prevalecendo o silenciamento ou a omissão diante da lista considerável de atitudes de desdém ou de humilhação a tudo que diga respeito, por exemplo, às CEBs, à CPT, aos leigos, leigas, religiosas ou até a padres e outros grupos pastorais comprometidos com a causa dos pobres, com igual atitude em relação aos movimentos populares, constantemente agredidos por suas palavras e atos, tratando aos pobres com arrogância e desprezo, enquanto trata com privilégio os ricos e poderosos e seus respectivos interesses. Para tanto, não hesita em apelar, quando lhe convém, e de forma unilateral, aos rigores do Código de Direito Canônico, como o fez em relação à suspensão de ordens do Pe. Luiz Couto.

Seu mais recente ato de desrespeito e de preconceito contra os pobres e suas legítimas demandas se deu por meio da imprensa local – na qual aparece com uma freqüência pouco recomendável a um pastor de quem se espera discrição e prudência. Desta feita, numa atitude de afronta a um pleito legítimo e justo como é o Plebiscito pelo limite do tamanho da propriedade da terra, no Brasil, medida já tomada inclusive por diversos países, inclusive a Itália, bandeira amplamente consensual entre as organizações de base da sociedade brasileira (pleito assumido pela CNBB, pelo CONIC e mais de cinqüenta entidades e movimentos populares) e que tem fundamento na própria Doutrina Social da Igreja e nos Documentos da CNBB.

Eis que, sem tomar em conta sequer os documentos que fundamentam a iniciativa, Dom Aldo Pagotto vai ao Correio da Paraíba, em coluna assinada pelo mesmo, em artigo publicado a dois dias do início do referido Plebiscito, e trata de questionar – já a partir do título capcioso de seu artigo “Limite à propriedade produtiva?”- a validade do Plebiscito, tecendo insinuações injuriosas- inclusive de roubo – contra os pobres e contra os movimentos populares. Não contente com a desfeita, volta à sua coluna semanal de domingo, dia 5 de setembro, em pleno período de realização do referido Plebiscito, para reiterar sua posição.

Diante desses fatos graves, em que é o próprio pastor que se mantém intransigente em seu comportamento sistemático de semear o divisionismo em seu rebanho, vimos solicitar encarecidamente às diferentes instâncias eclesiais que os Srs. representam, a substituição do atual arcebispo, Dom Aldo Pagotto, convencidos que estamos, por fatos concretos de que ele não atende aos requisitos pastorais e pedagógicos de um pastor, no cuidado de seu rebanho.

Confiantes em sua prudência pastoral, e aguardando seu pronunciamento e as providências urgentes que o caso requer, expressamos-lhes nossas saudações fraternas.

Alder Júlio Ferreira Calado – Diácono
Elias Cândido do Nascimento – Leigo, Coordenador do MTC/NE-II
Genaro Ieno – Ex-Agente de Pastoral Leigo
Rolando Lazarte – Sociólogo, ex-professor da UFPB
Lívia Lima Pinheiro – Leiga, ex-Membro da Equipe Exec. Setor Juvent.
Romero Venâncio Júnior – Leigo, Professor Universitário
Genielly Ribeiro da Assunção – Leiga
José Brendan Macdonald – Leigo, Assessor na formação de jovens do meio popular
Eduardo Côrtes Aranha – Leigo
Antônio Alberto Pereira – Professor da UFPB
Ricardo Brindeiro – Animador das Pastorais Sociais
Arivaldo José Sezyshta – Coordenador do Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste
Maria Angelina de Oliveira – Ex-Coordenadora da JOC (nacional e internacional)
José Gilson Silva Alves – Dirigente Sindical (SINTER – PB)
Luiz Lima de Almeida – Dirigente Sindical (SINTR – PB)
Renato Paulino Lanfranchi – Leigo, ativista de direitos humanos
Raimundo Nonato de Queiroz – Educador de Jovens Cristãos
Luciano Batista de Souza – Nós Também Somos Igreja
Luciano de Sousa Silva – Professor da UFPB
João da Cruz Fragoso – Leigo, membro do Grupo Nós Também Somos Igreja
José Marcos Batista de Moraes – Assessor da Past. Juventude/ C.G
Gilma Fernandes B. Madruga – Leiga, Educadora de Jovens Cristãos
Samantha Pollyanna M. Pimentel – Leiga, Educadora de Jovens Cristãos
Íris Charlene Lima de Abreu – Leiga, Educadora de Jovens Cristãos
Janaína Brasileiro Formiga – Leiga, Educadora de Jovens Cristãos
José Washington de Oliveira Castro Júnior – Leigo, Educador de Jovens Cristãos
Magdala Cavalcanti de Melo – Leiga, membro do Grupo Nós Também Somos Igreja
Valdênia Paulino Lanfranchi – Advogada de Direitos Humanos
Pedro Ferreira de Lima – Diretor do SINTRICOM
Luiz Muniz de Lima – Diretor do SINTRICOM
Maria José Moura Araújo – Projeto Sal da Terra
Erasmo França de Sousa – SINTRICOM
Josiana da S. Ferreira – SINDTESP
José Laurentino da Silva – SINTRICOM
Ednalva Costa da Silva – SINTRICOM
Rafaela Carneiro Cláudio – Leiga, Coord. Assembléia Popular
Adenilton Felinto da Silva – Leigo – Educador Popular
Rosa Lisboa – Leiga – Educadora Popular
Gleyson Ricardo A. de Melo – Leigo, Assembléia Popular
Dora Delfino – Leiga, Rede de Educadores do NE
João Batista da Silva – Leigo
José Santana – SINTRICOM
Eulina Pereira Ferreira – Projeto Sal Terra
Gilberto Paulino de Oliveira – CUT
Edmilson da Silva Souza – Leigo
Francisco D. H. dos Santos – Leigo
Eliana Alda de F. Calado – Leiga
Maria de Oliveira Ferreira Filha – Professora da UFPB
Nilza Ribeiro – Leiga

8 de out. de 2010

Em nome da VERDADE

Uma lista pra ajudar a entender o que está acontecendo por debaixo dos panos.
Vamos a luta por que essa guerra é nossa!

Chalita fala sobre a onda de boatos e mentiras contra o PT e Dilma

Assista à entrevista do professor Gabriel Chalita, deputado federal eleito por São Paulo, concedida ao canal Record News
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É mentira que Dilma vai fazer uma Reforma da Previdência e vai prejudicar os aposentados

Ao contrário do que os adversários e e-mails falsos dizem, a candidata jamais defendeu mudanças que levam a perdas dos aposentados
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É mentira que Dilma esteja proibida de entrar nos Estados Unidos

Olhe a foto do Obama, feliz da vida, apertando a mão da nossa futura presidenta, na Casa Branca, em Washington
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É mentira que o PT e Dilma defendam o aborto

Não existe “programa do PT”. O que existe é um documento com as diretrizes do 4º Congresso Nacional do PT
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É mentira que Dilma tenha dito “nem mesmo Cristo querendo, me tira essa vitória”

Dilma é católica, batizada e crismada. E onde está a tal entrevista? Alguém viu o vídeo? Ouviu a gravação? Claro que não! Simplesmente porque não existe
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3 de out. de 2010

Ela conseguiu

Marina é o tipo de político que faz política com amor, ou, melhor dizendo, com râncor.


Não se entendeu com Dilma enquanto eram ministras e decidiu que levaria as eleições para presidente pro segundo turno.


Na verdade, não fez mais que um papel de fantoche. O PiG* tentou por meses tirar o candidato tucano dos 27 pontos percentuais e não conseguiu. Usou o câncer de Dilma, usou matérias insessantes sobre denúncias a respeito de Dilma, forjou denúncias infudadas e nada de Dilma cair (nem Serra subir).


No limite do desespero, algum gênio viu a luz no fim do túnel. Já que Serra não sobe, vamos fazer Dilma descer. Mas como fazer isso?


- A esperança é verde, pessoal! ISSO! PARTIDO VERDE! Vejam! Vejam! Marina é carismática, inteligente, fala bem. É ela! Vamos alavancar a campanha dela! Só assim a gente leva o pobre Serra pro segundo turno.


Dito e feito. Marina é evangélica, defensora do meio-ambiente... Foi moldada. Mudou um pouco aquele discurso vegetariano, comeu corda. Subiu o tom contra Dilma e tirou os pontos da petista!


Não foi a toa que Marina passou a ter mais tempo nas chamadas da Globo. Não foi a toa que surgiram boatos do tipo “Dilma disse que nem Deus tiraria essa dela”, que ela era a favor do aborto e casamento homossexual (nossa, como a sociedade brasileira ainda é preconceituosa). Quem não recebeu um e-mail com dezenas de vídeos de mutilações provocadas durante o aborto? E os evangélicos? Nossa! Casamento gay? Nem a pau! E assim foi. De pesquisa em pesquisa, os pontos apareceram. E apareceram justamente para levar a disputa para o segundo turno. Bela coincidência!


Agora ela, a evangélica (que o Deus tenha piedade de sua alma, por que mentiu), - Mentiu dezenas de vezes sobre Dilma e a mentira é alimento do DEMÔNIO. -vai assistir de arquibancada seu partido, o PV, apoiar o DEMO-tucano no dia 31 de outubro.


Espero que o bonsenso dos revolucionários servidores públicos que defenderam voto em Marina recaia novamente sobre eles. Espero que os que acreditaram no discurso radical de Marina perceba o tamanho da lambança que fizeram. Espero que, até o dia 31, todos os que criaram a moda do verde da paz façam uma análise de tudo o que o país passou em 8 anos de governo PSDBista e a transformação que sofreu em 7 de governo PTista e vote com consciência. Pro Brasil continuar no rumo que continua!


Ah! E onde está minha imparcialidade?

Ah! E onde está a da GLOBO, da VEJA...?


*PiG - Partido da Imprensa Golpista

2 de out. de 2010

Eleições 2010

Relembrando alguns anos atrás, vejo como num filme, eu, já numa universidade pública, federal, depois de anos rasgando o bolso em uma faculdade particular. Lá estava eu, num curso tão bom que depois de me formar bacharel em comunicação resolvi voltar para ele. Mas, o que tem isso a ver com eleições?

Pois bem. Lembro da precariedade dos laboratórios. Lembro, tanto em geografia, quanto no centro, ou departamento como era chamado antes, de comunicação, equipamentos, poucos e danificados, poucas salas de aula, professores? Onde estavam mesmo? Pesquisa? Nem soube o que era isso. Lembro também de um tal ministro da Educação, chamado de Paulo Renato de Sous(z)a indicando a desarticulação das antigas escolas técnicas. Aliás, isso foi feito por decreto. FHC: - “Que se fechem as escolas técnicas, reduzam a oferta de cursos técnicos e incluam o que vou chamar de ensino médio a partir de agora nas suas estruturas, até que se fechem por completo, ou até que consigamos vendê-las”.

Ai vi, a passos curtos, como era de se esperar, o departamento lá na universidade aumentando, prédios novos sendo construídos, equipamentos chegando e não era lá, apenas. Outros campi sendo criados, cursos e mais cursos. Vi, da mesma forma, uma solicitação no novo Presidente da República convocando todos os diretores e lideranças, tanto profissionais como estudantis, para discutir a viabilidade da reintegração de cursos técnicos e ensino médio. Determinou que avaliassem a viabilidade em cada Estado da Federação. E, diferentemente de antes, nada foi imposto, nada foi decretado, apenas indicado que se estudasse essa viabilidade e que se, dada a necessidade de cada unidade, fosse possível, necessário, e da vontade de toda a comunidade dos CEFETs, que houvesse a integração dos modelos de ensino nessas escolas. Ah, ia esquecendo. Também outros campi, além de cursos superiores, foram criados.

É isso que faz toda a diferença na hora de um voto. Seja para presidente, governador, prefeito, ou mesmo para senadores, deputados e vereadores.

Hoje o Brasil é visto com respeito em todo o mundo. É o país da diplomacia, das diferenças, do entusiasmo, da liberdade de expressão. Liberdade essa que permite que o homem mais poderoso do país seja bombardeado com todo tipo de insulto (isso não era possível até início dos anos 80).

Hoje, o Brasil cresce aos passos da China e mete medo em países como os EUA e os da União Européia.

Hoje, é o Brasil quem diz o que deve ser feito dentro do Brasil. Isso é conhecido mundialmente como SOBERANIA.

Hoje, eu tenho certeza que tudo o que se apostou em sete anos e nove meses de Governo comprometido com as camadas mais necessitadas da sociedade, vem dando certo, vem se consolidando, mesmo depois de quase trina anos de falta de democracia e mais oito de neo-liberalismo.

Hoje eu sei o que dá certo pro meu país e que os que se utilizam de todos os artifícios (GLOBO, CÂNCER, VEJA, DESESPERO e E-MAILS FALSOS) gritam covardemente que querem o que sempre tiveram de volta. Querem dominar para si e para os seus. Mas eu sei que o que eles querem é meu. É meu e quero que continue sendo. Por isso, hoje, eu voto DILMA. Eu voto PT. Eu voto BRASIL.

Hasta la victoria, siempre (Che)

30 de set. de 2010

Em FOLHA: Após ligação de Serra, Gilmar Mendes para sessão sobre documentos para votar

MOACYR LOPES JUNIOR
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.

Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo. A solicitação foi testemunhada pela Folha.

No fim da tarde, Mendes pediu vista, adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.


Serra fala ao celular com o ministro
Gilmar Mendes em auditório onde se
reuniu com entidades de servidores

*******
PS.: Está no FOLHA.COM de hoje (quinta, 30 de setembro). Se é pra divulgar, a gente divulga.
Leia na íntegra em FOLHA.COM

26 de set. de 2010

Câmara de Conciliação TJ/IESP

Sobre a Câmara de Conciliação.

Um Projeto surgido da parceria entre o Tribunal de Justiça e o IESP Faculdades para a solução de conflitos de forma amigável.

Matéria da TV TAMBAÚ baixada do Youtube.com

Vale a pena ver!

20 de set. de 2010

Novas Tecnologias: das actas diurnas aos blogs

Segue mais um texto da época da universidade


Os meios de comunicação têm, a partir das novas tecnologias, a função de tornar o ‘inexável’ em um só, diminuir distâncias, reduzir custos, facilitar vidas, difundir idéias e ideais, derrubar barreiras, agregar povos, desmistificar ou obscurecer determinados pontos de vista.


A comunicação ensaia uma remodelagem. Não há mais o papel do emissor, canal e receptor. O emissor se torna necessariamente um receptor, assim como o receptor, sem se dá conta, se coloca no papel de emissor.


Tudo interfere na comunicação e, da mesma forma, a comunicação passa, com o advento dos novos tipos de mídia, do avançado das tecnologias, a ter papel preponderante no meio de vida de todos e de tudo: passa desde o formar opinião até a mudar comportamentos.


Platão traz a tona em “O mito da caverna” o questionamento de que o vime vive alienado por não estar em contato com a realidade e, sim, com as projeções de suas sombras. Assim como o cinema e a televisão, o que vemos é uma realidade mascarada ou deturpada, que mostra apenas o que se quer mostrar. O mundo real passa a ser desconhecido ou até mesmo rejeitado por ser mais fácil enxergar apenas as suas “sombras” ou imagens capturadas, como é o nosso caso.


Entende-se isso como alienação por não mostrar a real verdade e também por exibir excesso de faltas e fantasiosas informações.


Júlio Cesar pode ser visto como um “comunicólogo revolucionário”. Faço esta afirmação tendo em vista a sua iniciativa de relatar suas vitorias de forma peculiar, diferente de tudo que era feito na época. Ele, fugindo às regras, escrevia sobre o presente, à medida que os fatos ocorriam. Seus relatos tinham um teor documental e estilo próprio. Júlio Cesar foi o precursor da primeira pessoa enfática, uso da primeira pessoal do plural, mesmo que essa esteja se referindo a apenas uma pessoa.


Outro fato de grande importância foi a introdução da acta diurna, documento onde eram registrados o teor de todos os debates ocorridos no Senado romano. Elas eram registradas em papiro e colocadas nos muros do Senado, tornando-se pública, um meio de comunicação entre o Senado e os cidadãos. Depois ela passou a ser copiada e redistribuída para todo o Império.


Podemos encarar as actas como uma ancestral da notícia jornalística, pois ela continha todas as características desta (relato de acontecimento, fidelidade ao fato, periodicidade).


Trazendo para um estilo ainda mais recente, podemos dizer que ela se assemelha aos blogs. É fácil perceber a relação entre esses dois tipos de comunicação, só precisamos nos ater às suas características.


Como as características das actas já foram citadas acima, agora iremos definir as dos blogs. Os blogs são sites pessoais, em grande parte usados como diários. Neles os autores relatam o seu cotidiano, havendo uma periodicidade. Por estar exposto na rede mundial de computadores (internet) ele fica a disposição do público, todos tem acesso, e ficam sabendo tudo o que acontece na vida do dono do blog, mesmo que não o conheça. É uma espécie de reality show concedido. Porém, alguns são usados como um meio orientador e formador de opinião, e é esse tipo de blog que vem tomando conta da internet, tornando-se cada vez mais comuns, inclusive com autores já conhecidos do público, que utilizam essa “mídia” como um meio mais direto de comunicação com seus leitores/fãs.


É importante ressaltar que assim como as actas de Júlio Cesar, esse tipo de informação fica restrita a uma dada camada da população, pois nem todos tem, ainda, acesso a internet, assim como nem todos sabiam ler na época das actas.


Depois de definidas as características de ambos, não fica difícil perceber a relação, ela é clara. Cruzando-as, temos: a periodicidade, a exposição pública, o registro do cotidiano (no caso da acta, está o registro do cotidiano do Senado, o que nele era discutido), o público “restrito”, podem ser formadoras de opinião e pontos de orientação, e por fim, a atualidade, pois tratam de fatos do presente.


Os enciclopedistas reuniram a partir de vários autores, todo o conhecimento da Europa (mundo) numa única obra, detenção do conhecimento para a sua difusão à posteriori.


O iluminismo ajuda de certa forma, na disseminação dos escritos a partir da concepção de que deveria-se haver investimento na educação, principalmente de crianças, pois pensava-se que o desenvolvimento só era possível a partir da educação, enquanto que o desenvolvimento das tecnologias (novas descobertas) reduz custos.


Com a facilidade no acesso por parte do público e o aumento deste, começa-se a surgir literaturas dirigidas a determinados grupos (público alvo).


As novas tecnologias partem do mesmo princípio. A facilidade ao acesso e o número crescente do público, facilita a disseminação dos meios de comunicação e do produto.


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10 de set. de 2010

A contradição imposta pelo corolenismo de um partido

O processo eleitoral continua caminhando. Sem muitos atrativos, mas continua. E, baixada a poeira da raiva e do “não-entendo!” pela coligação estúpida do PSB com o DEMO e os tucanos, agora os ricardistas e funcionários da prefeitura de João Pessoa começam a pedir voto para o ex-patrão.

A justificativa mais plausível que se ouviu até o momento talvez tenha sido a de que o “Mago” vai trabalhar pela Paraíba da mesma forma que trabalhou pela capital. Mas isso por sí só não abona a responsabilidade do ex-prefeito neste pleito. Vejamos:

Ninguém é menino o suficiente, tanto quanto RC acredita, para não saber que não se governa sozinho. As alianças no pré-eleição é que vão determinar os primeiros anos do mandato, muito embora no breve histórico do candidato laranja se veja apontações de malabarismo, encostando os aliados numa sala reservada à espera e trazendo para os cargos mais privilegiados os até então inimigos políticos.

Agora, onde está a contradição? Recentemente, a juventude do PSB, partido de Ricardo Coutinho, exorcisou os DEMOcratas do Diretório Central dos Estudantes da UFPB. Eles, e a composição da atual gestão, obviamente não formada apenas pela JSB (Juventude do PSB), denunciam desvio de verbas das carteiras de estudante, num montante que chegaria aos R$ 170 mil. Esses antigos gestores, que se autodefiniram como Democratas, hoje são aliados do presidente do PSB, candidato ao governo do Estado. Então, pensemos: numa possível eleição do PSB, o DEM, assim como o PSDB e os outros partidos aliados, irão pleitear cargos de secretaria no Governo Estadual (evidente). E imaginemos mais hipoteticamente que o ex-presidente do DCE cobre a Secretaria de Juventude! Contradição? Talvez! Mas, vamos mais longe. RC grita aos quatro cantos que seu governo estará sintonizado com o governo Dilma e com o presidente Lula. E todos sabemos o quanto o nome de Ricardo pesa para eleger os seus aliados do PSDB e do DEM na câmara dos deputados e, com menos peso, mas com o mesmo empenho, no senado. Não são estes os dois maiores entraves do governo Lula? Que aliado Dilma e Lula têm por estas bandas? Aliado da onça. Será?

O que foi imposto ao PSB da Paraíba, aos “militantes” do partido do principal personagem político da capital, e a uma massa de girassóis reluzentes que deram vida à gestão da estrela Ricardo não foi apenas a humilhação de ter que gritar nomes de adversários recentes, camuflados de aliados históricos, nos comícios, carreatas e ações de campanha. Foi a certeza de que nada mais será como antes. Nem a gestão, nem o carisma, nem a confiança.

Com colaboração de David Soares (blog Democratico e Popular)
Foto retirada do portal
Patos em Notícia

2 de set. de 2010

Miro: Barrar o golpismo de Serra e da mídia

Por Altamiro Borges
Retirado do Blog do Miro

Nesta quarta-feira, dia 1º, a coligação de José Serra (PSDB, DEM, PPS) ingressou com pedido de cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O motivo alegado é o da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao grão- tucano. Desesperado com a queda vertiginosa nas pesquisas, a direita quer implodir a eleição presidencial. Rechaçado pela sociedade, Serra tenta evitar sua derrota no tapetão, envolvendo o TSE numa trama golpista.

Nesta tramóia antidemocrática, o comando serrista conta com o respaldo da mídia tradicional. A ação encaminhada à Justiça está baseada nos factóides difundidos pela revista Veja e pelo jornal Folha de S.Paulo. Ela acusa a candidata pela “prática ilegal de quebra de sigilo fiscal” e “abuso de poder”, mas não apresenta qualquer prova concreta para sua acusação leviana. Mesmo assim, colunistas da mídia, como Merval Pereira, Carlos Nascimento e outros, amplificam as calúnias.

A quem interessa a quebra de sigilos?

A ação golpista já foi rechaçada, como veemência, por Dilma Rousseff. Ela garantiu que nem ela nem seu comando de campanha estão metidos na quebra de sigilos. Também solicitou apuração rigorosa do nebuloso episódio, com a punição dos culpados. Incisiva, Dilma condenou a postura irresponsável do comando serrista. Conforme argumentou, quem tem interesse em tumultuar a eleição, com quebra de sigilos e dossiês, é a oposição demotucana, que definha nas pesquisas.

Inúmeros fatos confirmam esta leitura. O sigilo da filha de José Serra, por exemplo, foi quebrado em setembro de 2009. A própria Receita Federal apurou o crime num inquérito administrativo, numa prova de total transparência. Os factóides da mídia agora têm, portanto, evidente interesse eleitoreiro. O deputado Brizola Neto chega a levantar a suspeita que essa operação criminosa é “armação” dos tucanos. “Sabemos que eles são capazes disso e, depois do que já vimos na campanha de Serra, não se pode ter dúvidas de que possam apelar para este tipo de ação”.

Os objetivos da nova conspiração

O golpismo da aliança Serra/Mídia tem, basicamente, dois objetivos. O primeiro é aterrorizar os eleitores, principalmente da classe média, empurrando a eleição para o segundo turno. Até agora, porém, a manobra não surtiu efeito. O tracking da IG-Band-Vox, que acompanha diariamente a reação dos eleitores aos chamados “fatos novos”, mostrou ontem que Dilma ampliou a vantagem (51% a 25%), sinalizando que o estardalhaço da mídia demotucana sobre a quebra do sigilo não pegou.

O segundo objetivo, tramado pelos setores mais fascistóides da coligação de Serra, é implodir a eleição. Já que não dá para ganhar nas urnas, tentam envolver o STF na trama golpista, cassando a candidatura de Dilma Rousseff. É improvável que o tribunal cometa esta loucura, que colocaria o país em polvorosa. Mesmo assim, é bom ficar em estado de alerta. Nada como uma intensa mobilização, nas ruas e na luta de idéias, para barrar qualquer maluquice golpista.

Ensinamentos do nefasto episódio

Para finalizar, vale refletir sobre os ensinamentos deste episódio. Em primeiro lugar, fica patente que a direita não suporta a democracia. Ela só serve quando é funcional para seus interesses – foi assim no golpe de 1964, é assim hoje. Nesse sentido, a tentativa de cassar a candidatura de Dilma Rousseff desmascara os tucanos, que ainda enganam muita gente com a sua falsa retórica sobre a democracia. Os tucanos representam a nova direita brasileira; são os neo-udenistas.

Além disso, o caso escancara o verdadeiro papel da mídia hegemônica. Ela sempre foi golpista e sempre será. No caso das emissoras de TV e rádio, elas usam um bem público, uma concessão, para atentar abertamente contra a democracia. Seus colunistas abusam da propriedade cruzada, destilando veneno em programas de rádio, televisão, em jornais, revistas e internet. Seria muito útil que a eleição de 2010 servisse para mostrar a urgência do novo marco regulatório no setor, que enfrente a concentração e estimule a diversidade e a pluralidade informativas.

30 de ago. de 2010

Política! E a juventude?

Não era raro, há alguns anos, os partidos de esquerda, ou de centro-esquerda, para tornar mais amplo, que os jovens, quase que ainda adolescentes, entrassem na política. O canal de acesso era o Movimento Estudantil. Na verdade, na verdade, quando duas pessoas se juntam para discutir algo, qualquer coisa que seja, isso já é fazer política. Mas o ME era uma introdução na vida política no sentido mais conhecido.


Era simples! Primeiro o estudante identificava que algo não estava bem, nem na escola, nem nas ruas. Se organizava em grupos, fundavam (ou disputavam) grêmios estudantis, diretórios de estudantes e centros acadêmicos. Destes, alguns se destacavam no seu trato com as pessoas, nas suas formas de colocar as coisas e se colocar diante das coisas e daí davam um salto para o partidarismo e, consequentemente, para mandatos eletivos.


PCR, PCO e PSTU são os partidos que vêem na juventude, uma promessa de continuidade de ideologias. Outros partidos maiores, como o PCdoB e o PT, sempre disputaram grandes espaços entre os jovens, sobretudo nas universidades, mas não apostaram no futuro da garotada.


Como, já disse antes neste blog, não há espaço vazio em política, e eleitores com idade entre 16 e 35 anos cresce a cada litígio, virou febre na “direitona” exibir cada vez mais a juventude dos seus partidos. Como bem lembrou meu amigo Flávio, em seu blog, essa juventude, diferente daquela revolucionária, que não devia nada a ninguém, é composta basicamente por filhos de políticos, na busca de manter a hegemonia familiar entre os cargos públicos rotativos (os de quatro anos).


Considerar que é inescrupuloso da parte dos xerifes, e ex-coronéis, tentar manter sua progênie nos governos é desconsiderar que a grande parcela da culpa desse aparecimento precoce da juventude de direita é quase que exclusiva dos partidos da saudosa esquerda militante.

28 de jul. de 2010

Onde estão?

Desde que estudei um pouco de psicologia, percebi que sou um observador de pessoas. A começar por observar a mim mesmo.

Observo pessoas, grupos e suas atitudes e, recentemente, nas minhas andadas pelo interior da Paraíba, observei o comportamento de eleitores, de cabos eleitorais e, por que não dizer, de fanáticos? Constatei um fato curioso! Ricardo Coutinho, ele de novo, promoveu algo de estranho entre os eleitores, neste ano.

Apesar de ainda haver dezenas de pessoas que torcem pelo sucesso do “Mago”, os ricardistas de carreira, não aqueles que detiveram, ou detém ainda, cargos privilegiados na prefeitura da capital, mas aqueles que votaram em RC desde os primórdios e hoje amargam seus PS's, agarrando-os com unhas e dentes, tendo INSS recolhidos e não pagos..., ainda não é possível ver uma campanha do tamanho da expressividade de uma das maiores lideranças políticas que João Pessoa já produziu.

Ainda sobre minhas observações, devo dizer que as faço e tão logo observo, processo uma conclusão sobre tal comportamento. E voltando às eleições para governo do Estado, eis que me recaio, agora, na seguinte dúvida: estariam os ricardistas com vergonha de exibir em seus carros os adesivos contendo RC e RG, um ao lado do outro, de deixar pintar seus muros com os respectivos nomes dos candidatos a titular e vice para o executivo estadual? Ou simplesmente a campanha ainda não deslanchou?

15 de jul. de 2010

CONVERSA DE CRIANÇAS (sensura 18 anos)

NÍVEL I - Programa educativo


Irmão do meio:

- ...ele vai comer ela!

Irmã mais velha (grita):

- Para com isso!

Irmãozinho:

- Que ele vai comer, que nada! Por que ele não é nenhum animal pra comer ela. Eles vão tranzar!


Irmã mais velha (horrorizada):

- Onde você aprendeu isso, menino?

Irmãozinho:

- Tá! No Big Brother, né?

NÍVEL II - Educação de casa

Criança de 3 anos (num ônibus de linha):

- Vai tomar no cu!

Mãe (rindo):

- O que você disse, meu filho (rsrs)?

Criança de 3 anos:

- Vai tomar no cu, sua rapariga!

Pai (também rindo):

- Toma, mulher! Esse garoto ‘tá ficando esperto! (rsrs)

Mãe:

- ‘Tá esperto nada, 'tá ficando é mal criado! (risos)

COMENTÁRIO:

Isso não é ficção, não é invenção, é verídico. Presenciado por várias pessoas. Fora outros casos.

Comentem sobre o tema! E sobre o futuro que está próximo!